terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Sábado. Dia de dormir até tarde. Ou dia de estar na casa do Marisfésio só de calcinha.
Apesar de virgem, Marieta não tinha grandes expectativas para a tal da primeira vez. Era só uma relação, que seria ruim, para depois se tornar algo muito bom. Assim como, não fazia questão de ser com o amor da sua vida, se fosse alguém que ela queria muito, já seria ótimo. Que era o caso de Marisfésio. 
Marieta ficava surpresa em ver como ele tinha despertado como um crush  para ela. Era bom ficar com ele. Ainda tinha o bônus de ganhar a aposta da irmã e poder fazer o que quiser.
Taís nem podia imaginar que em poucos minutos, teria perdido a aposta. Tudo isso enquanto dormia no sábado de manhã.
Marisfésio mal podia acreditar que estava com aquela menina, tão bonita, livre, e praticamente sem roupa no seu quarto. Ainda assim, um mosquito da desconfiança estava zunindo em sua cabeça. O que ela teria visto nele? Por que tinha sido tudo tão rápido? Deveria ser assim?
- Marieta. - ele interrompeu o beijo que durava há minutos.
- Pra que parar? - ela se aproximava ainda mais, enroscando as pernas nas pernas dele.
- Não sei, só está tudo muito rápido... Você apareceu aqui minutos depois que eu disse que estava sozinho e agora estamos assim, na minha cama.
- E isso é ruim? - ela ficou sem entender a reação daquele menino. Qualquer cara já estaria nas nuvens de estar assim.
- É incrível. - ele disse sério e ela se derreteu por dentro, apesar de achar errado esse sentimento. - Mas não sei, eu mal te conheço. Nem sei teu sobrenome.
- Fernandes. Marieta Julieta Fernandes.
Ele riu.
- É, eu sei. Meu nome rima, invenção da minha mãe. Não é dos mais bonitos. - ela sorriu, sempre ficava sem paciência quando precisava falar o nome completo. Sempre era motivo para gracinha.
- Sério que você está falando de nome feio?
Ela gargalhou.
- Sua vida deve ter sido muito difícil. Tenho até medo de perguntar o seu sobrenome.
- Marisfésio Medeiros de Oliveira.
- Ahhh é normal.
Ele riu.
- Pelo menos isso tinha que ser normal. 
- De onde vem o seu nome?
- Meu tio. Ele ajudou muito minha mãe na gravidez, e aí ela quis homenageá-lo.
- Ah. Legal. Seu pai faleceu?
- Não. Foi embora quando soube que ela estava grávida.
Pesado. Ela não sabia o que dizer.
- Ah. Sinto muito.
- é.... Voltando ao assunto. - ele passou a mão no rosto dela, olhando ainda para baixo, já que ela estava sem sutiã. - Acho que a gente precisa se conhecer melhor, antes de ir mais... Além.
Marieta deu um pequeno sorriso, estava um pouco desconfiada. Conhecer ele melhor significaria ter mais intimidade, se aproximar dele, e isso implica ter sentimentos por ele. Isso não podia acontecer. Era só para a aposta. Apesar de ser divertido todo esse rolo, eletrizante, podemos dizer. Ainda mais porque ele também era virgem, disso ela tinha certeza.
Mas se fosse preciso, ela faria isso.
- Tudo bem, então. Acho que vai ser bom reduzir um pouco o ritmo, mas acho que podemos continuar por agora e fazer a parte de conhecer melhor depois. O que você acha? - ela disse enquanto passava a mão pelo corpo dele e via ele se arrepiar. Descendo os olhos, pôde ver o volume entre as pernas dele e ficou ansiosa. "Espero que não demore" ela pensou.
- Acho que sim...
Ela riu. Seria bom passar esse tempo com ele.

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