quinta-feira, 24 de março de 2011

-Não quero saber de você no quarto com ele. Tá me ouvindo Marieta?- a mãe de Marieta, Gioconda, disse enquanto arrumava o longo cabelo loiro em um rabo de cavalo.
-E se nós precisarmos pegar algo no meu quarto? - Marieta disse inocentemente.
Gioconda olhou a filha totalmente descrente na inocência aparente e continuou:
-Não precisará pegar nada no quarto.
-Mãe...
-Por que você não pode ser como sua irmã e se guardar pra um cara especial?
-Você quer que eu seja uma virgem estúpida como a Taís?
-Marieta!
-Argh mãe, que bobagem. Aposto que você transou com muito mais caras enquanto estava solteira do que eu e eles nem eram especiais, então não venha me dar lição de moral.
Gioconda não soube o que dizer e olhando pro relógio percebeu que estava atrasada.
-Tenho que trabalhar. Lembre-se do que eu disse.
-Tchau mãe.
Gioconda saiu e 10 minutos depois a campainha tocou. "Ela deve ter esquecido alguma coisa. Saco.''
Ao abrir a porta, Marieta viu Marisfésio sorrindo com vários livros de química nas mãos.
-Cheguei cedo? - ele perguntou com dúvida nos olhos.
-Não, chegou na hora certa. - Marieta sorriu, e com surpresa, percebeu que estava sorrindo sinceramente por vê-lo ali.- Entra!
O garoto entrou e sentou no sofá azul.
-Você pode me dar um copo d'água?
''Posso dar até mais se você quiser....'' Marieta pensou em falar, mas se conteve rindo, ele não iria reagir bem se ela dissesse isso.
- Claro. Gelada ou natural?
-Gelada.
Após Marisfésio beber água, os dois começaram a estudar. Marieta percebeu o quanto Marisfésio era tímido e o quanto estava nervoso, ela ria o tempo todo enquanto ele tentava explicar cálculos estequiométricos.
-Por que você está tão nervoso?
-Por que será? Por que você está perto assim de mim?
Marieta riu e ficou de frente pra ele. Ele a olhou por cima dos óculos e perguntou seriamente:
-Isso é só pra estudar química não é? Não faz parte de nenhuma brincadeira idiota, certo?
Marieta ficou séria e de repente, achou errado fazer aquilo com ele. O plano de conquistá-lo só para ver o que ele tinha entre as pernas, não parecia tão justo agora que ela o conhecia.
Mas ela não poderia parar, não podia perder para Taís. Sorrindo, disse:
-Lógico que não, só é química. Somente.
Pouco mais de 20 minutos depois, Taís estava com os lábios colados aos de Marisfésio enquanto os livros caíam no chão e ele segurava sua cintura.

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